segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Se isso é igreja, sou mais o meu quarto !





“Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia, e Galiléia e Samaria tinham paz, e eram edificadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e consolação do Espírito Santo.” – At 9.31




“E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.” – Ef 1.22-23



“A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo, e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo; para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor, no qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele. ” – Ef 3.8-12



Já ouvi muitas fábulas em relação à permanência dos crentes numa igreja. Uma delas diz que a igreja é igual à arca de Noé, um lugar cheio de bichos e suas necessidades fisiológicas, e que cheira mal, porém é melhor estar lá dentro do que lá fora em meio ao dilúvio. Outra diz que crente é igual uma abelha: num enxame (ou igreja), vence qualquer inimigo; sozinho, morre num tapa só. Daí a se pensar que a igreja é um organismo super-poderoso, e deve ser mesmo, afinal é nada mais, nada menos que o Corpo de Cristo, Daquele que venceu a morte e o inferno ao levar sobre Si todos as maldições e enfermidades da raça humana. Mas será que a Igreja de Cristo é isso que vemos?



É muito fácil abrir uma igreja. Aluga-se uma garagem e já dá para iniciar uma congregação. Pensa-se num nome pomposo (que tal Igreja Transcontinental da Majestade do Alto? – está muito difícil achar um nome de igreja que não exista), convida-se os vizinhos e amigos e pronto: temos uma Igreja! Se fosse só isso estaria ótimo, o problema é o que é ensinado e vivido por lá.

Já percebeu como sempre há a mesma desculpa para a abertura de uma nova denominação (corrupção da antiga, envolvimento com maçonaria, erros doutrinários, etc), porém na nova se repetem os mesmos, ou até piores, erros da anterior? Ou seja, não há a intenção real de se fazer uma Igreja segundo a Palavra, apenas a de se criar mais um papado.



Sim, papado. A Igreja evangélica brasileira é próspera em papas. Há o Bento XVI e há o papa de cada denominação. Cada fundador se torna um papa, infalível e insubstituível. A permanência no poder é eterna, e os estatutos asseguram que a igreja não sairá de suas rédeas curtas. Quem ousa se levantar contra o “papa” é logo taxado como em rebelião, e expulso ou convencido sutilmente a deixar a denominação. E assim uma nova igreja é criada, e o círculo se repete indefinidamente, causando estranheza principalmente em quem não é cristão, pela quantidade absurda de placas diferentes.



Fico imaginando se Lutero vivesse nos dias de hoje… em seu tempo, precisou se opor a apenas um papa. Hoje, teria que imprimir milhares de teses, uma para cada papa evangélico. Um Lutero só não conseguiria fazer isso não!



O absurdo das várias denominações é tão escancarado que basta andar pelas ruas das cidades para o verificar. Aqui em São Paulo, na Av. Águia de Haia (zona leste da capital), há 6 anos atrás havia três denominações na mesma quadra. O pior: três casas (ou templos) grudados, um depois do outro, porta com porta. Sinceramente, a intenção nesse lugar é evangelizar ou apenas demonstrar o poder da sua denominação que, claro, precisa gritar mais do que as outras vizinhas caso os cultos sejam no mesmo horário? E isso não acontece só nessa rua, acontece em todos os lugares: se as igrejas não são vizinhas de porta, são de quadra, de rua. Mas o lugar permanece ruim e violento do mesmo jeito.



Nós somos chamados para ser sal e luz. Como sal e luz mantém um lugar insosso e escuro? Como, em meio a tantas igrejas, ainda há pessoas morando nas ruas, pessoas se drogando, se prostituindo, roubando e matando? Pessoas mentindo, enganando, chantageando, manipulando? Por que, com tantas igrejas, o Brasil está a cada dia pior? Não deveria ocorrer o contrário?



O que vou dizer agora poderá escandalizar muita gente, mas é o que penso: muitas que se dizem igrejas não o são, espiritualmente falando, não passando de um “clubinho de eleitos”. Você chega, entra no clube, paga a mensalidade, ouve as assembléias, se diverte (canta, dança, ri, chora, extravasa) e vai embora mais feliz, entretido momentaneamente. Aí chega em casa, a criança continua gritando, o marido bebendo, a vizinha atrapalhando, o chefe atormentando; afinal a instituição que se autodenomina igreja, apesar de citar a Deus, não Lhe dá espaço para atuação, preferindo a manifestação de espíritos dançarinos, saltadores, giratórios, que promovam bastante carnaval no recinto. Assim, enganados muitas vezes por “fogo estranho”, não deixamos o Espírito Santo agir em nós, nos transformando, e por isso continuamos vendo todos os defeitos nos outros e na droga de vida que temos.



Note bem, sou pentecostal, acredito nos dons espirituais, mas atribui-se ao Espírito Santo algumas coisas nas igrejas que só por Deus!!!



Se a igreja não consegue transformar quem está dentro, imagine transformar a realidade ao seu redor… E se a igreja não transforma vidas, apenas as “transtorna”, já não é igreja, não é congregação, comunhão, é apenas distração e sacrifício para almejar as bênçãos divinas.



É estranho, mas quanto mais aprendemos a Verdade da Palavra, mais distantes nos tornamos de uma igreja. Não deveria ser o contrário? Não deveríamos nos lançar com maior amor à congregação, sabendo que lá estaremos proclamando o amor ao próximo e a Deus?



O problema é que a igreja não nos transmite amor. Tudo é aparência. Os pastores não têm amor pelas ovelhas, e sim por tosquia-las. As ovelhas, por sua vez, querem estar mais próximas de seus pastores, e para isso não medem esforços, mesmo que seja necessário pisotear outras ovelhas que estejam em seu caminho. É cada um por si e Deus por todos. A igreja se tornou o reino do diz-que-me-diz, onde uns apontam os erros dos outros e todos se acham santos. Só que os erros são apontados não com amor, mas com juízo. Adulterar ou engravidar antes do casamento? Aparte-se de mim!!! Mas mentir e roubar um pouquinho poooooooode!



Mas não pára por aqui. É cada dia mais difícil ouvir uma pregação até o fim. São palavras previsíveis, de exaltação (quase nunca exortação), bom ânimo, esperança, revelações e revelamentos que nunca se realizam (essa noite Deus está curando suas feridas! – as feridas não são curadas, e no culto seguinte: essa noite Deus está completando a obra em sua vida! – e a obra não é completa, aí no culto seguinte a mesma coisa sempre). Não ouvimos pastores, ouvimos doutores em auto-ajuda: todas as bênçãos nos pertencem, somos cabeça e não cauda, o diabo está debaixo dos nossos pés, mas no dia seguinte ainda temos dívidas, problemas, doenças, vazio.

Será que Deus deixou de agir? Ou a instituição que se diz “igreja” é que fala por Ele com engano, a fim, mesmo que inconscientemente, de desacredita-Lo?



Não consigo mais ouvir sermões de auto-ajuda e falsas promessas. Não consigo mais sentar num banco de uma igreja, sabendo que a principal hora não é a da pregação, mas a da coleta. Não aguento mais uma hora de louvor, com bandas desafinadas e cantores “se achando”, provocando o choro fácil não por unção, mas porque, na assembléia dos santos, todos temos motivos para chorar. Simplesmente não aguento mais isso, e peço perdão a Deus se isso O desagrada, mas não quero ir numa igreja por falsidade e ficar vendo defeito em tudo, como foi das últimas vezes.



Eu queria frequentar A Igreja. Não a imagino um mega-templo, com poltronas acolchoadas, ar-condicionado, altar gigante. Eu a imagino uma casa simples, com pessoas simples independente de sua situação financeira. Eu a imagino um lugar onde a acolhida é com amor sincero, não com um risinho forçado e o “seja-bem-vinda-amada” de praxe. Eu a imagino com pessoas que contribuem voluntariamente e com alegria, e que se importam com o irmão ao lado, suprindo-o de acordo com suas necessidades. Sinceramente não consigo frequentar um local onde, em nome de Deus, são lançados gafanhotos devoradores sobre quem não paga a mensalidade. A Igreja que eu quero frequentar tem problemas, pois tem pessoas com problemas, mas lá é possível discordar, perguntar, até duvidar, sabendo que ninguém levará nada para o pessoal, continuando a haver amor apesar das diferenças. A Igreja que eu quero frequentar é uma em Deus, reflete Sua Graça e Misericórdia, Sua Alegria e Beleza, mesmo que, aos olhos humanos, possa não passar de um casebre. Na Igreja que eu quero frequentar mal dá para definir seus líderes, pois o maior se faz de menor, o serve e não busca ser servido. A Igreja que eu quero frequentar traz os ensinamentos de Deus, segue a sã doutrina, não as doutrinas temporárias de homens. A Igreja que eu quero frequentar transforma não só os que lá estão, mas toda a realidade à sua volta, pois se importa com os famintos, os drogados, os excluídos de toda a sorte.



Você conhece essa Igreja? Se conhecer, por favor, me passe com urgência seu endereço ou telefone. Se não a conhecer, infelizmente continuarei a congregar no meu quarto, pois não vou esquentar um banco qualquer apenas para aparentar santidade.
 
 

sábado, 23 de janeiro de 2010

A PERPLEXIDADE HUMANA E A SOBERANIA DIVINA





Por Rev. Hernandes Dias Lopes
Referência: Habacuque 1.1-17


O século XIX foi marcado pelo conflito entre a fé a ciência. No século XX, sobretudo, depois da segunda guerra mundial o conflito passou a ser não entre fé e ciência, mas entre fé e a história.



O livro de Habacuque revela essa terrível tensão do profeta de conciliar sua fé na soberania de Deus e a invasão imperialista da Babilônia invandindo o seu país e esmagando o seu povo com crueldade.



Judá estava vivendo em profunda apostasia. As reformas do tempo do rei Josias em 621 a.C. foram superficiais. O povo estava vivendo na idolatria, na frouxidão moral e violência insuportável. Deus então, disciplina o seu povo através da vara dos caldeus, um povo perverso, sanguinário e expansionista.



1. O império Assírio chegava ao apogeu do seu poderio militar, esmagando com crueldade desumana todas as nações do oriente. Em 612 a.C., esse império aparentemente invencível foi esmagado pelo temível exército caldeu, oriundo da Bibilônia, que logo assumiu a posição de superpotência mundial. Outra superpotência, o Egito, sentiu-se ameaçada, e em 605 a.C., enviou um poderoso exército ao norte, para refrear o programa expansionista caldeu.



2. O pequeno reino de Judá, país satélite na órbita do Egito, viu com satisfação as unidades blindadas egípcias atravessarem a sua terra santa, para se lançarem contra as famigeradas divisões dos caldeus. Judá virou presunto de sanduiche entre as duas superpotências.



3. O magnífico exército egípcio, sob o comando do Faraó Neco, atravessou o deserto do Sinai e chegou a Carquemis na Síria, onde enfrentou as forças babilônicas. Numa batalha decisiva em 605 a.C., os egípcios foram derrotados e recuaram para a sua terra. Os vencedores babilônicos não perderam tempo em seguir os egípcios, ocupando toda a região de Judá. A cidade de Jurusalém foi cercada. O ataque devastador era iminente. Os caldeus eram impiedosos em seus ataques a outras nações (1:5,10,13; 2:5,6). Nesse clima de invasão, de ataque sangrento é que o profeta escreve o seu livro e expoe sua perplexidade.



4. O profeta olha ao redor e vê os exércitos da Babilônia cercando sua terra. Ele olha para o povo e vê o pecado destruíndo o povo. O profeta clama a Deus com perplexidade diante da aparente inação de Deus. O Senhor, então, mostra ao profeta que ele mesmo está trazendo os caldeus para serem a vara da sua ira contra o seu povo. O profeta coloca diante de Deus sua queixa e Deus vai mostrar para ele que ele é soberano e que nada escapa ao seu controle e ao propósito soberano.



I. OS CAMINHOS DE DEUS ÀS VEZES SÃO MISTERIOSOS



1. Sua inação – v. 2-4

• Muitas vezes parace que Deus está estranhamente silencioso e inativo em circunstâncias provocativas. Por que Deus permite que certas coisas aconteçam? Por que Deus permitiu duas sangrentas guerras mundiais com o sacrifícios de milhões de pessoas inocentes? Por que Deus permitiu o surgimento do regime comunista em 1917 que levou o maior número de mártires do Cristianismo da história? Por que Deus permite uma guerra sangrenta entre judeus e palestinos? Por que Deus permite as forças aliadas invadirem com tanta truculência o Iraque arrazando um país já combalido pelos embargos internacionais, a despeito da opinião pública mundial estar contra essa invasão?

• Por que Deus permitiu o surgimento do liberalismo teológico? Por que Deus permite a apostasia da igreja? A Secularização da igreja? A banalização do sagrado? Por que Deus não responde as nossas orações, trazendo logo um avivamento para a igreja?

• Por que Deus não faz cessar a guerra (v. 2)? Por que Deus permite a inversão de valores morais (v. 4)?



2. Suas providências inesperadas – v. 5-6

• Deus às vezes dá respostas inesperadas às nossas orações. Deus disse que ele mesmo estava trazendo os caldeus contra Judá. Isso deixou o profeta Habacuque perplexo. Por um longo tempo Deus parace não responder. Então, quando responde, o que diz é mais misterioso do seu que o seu silêncio. Deus diz para Habaque que estava respondendo a sua oração trazendo os caldeus para disciplinarem o seu povo.

• Às vezes nós mesmos prescrevemos a maneira como nossas orações devem ser respondidas. Mas Deus é soberano e livre. Deus às vezes deixa as coisas ficarem piores antes delas melhorarem. Jesus deixou Lázaro morrer antes de ir a Betânia. Jesus deixou seus discípulos no meio da tempestade até alta madrugada antes de ir socorrê-los.



3. Seus instrumentos incomuns – v. 6

• O terceiro aspecto surpreeendente dos caminhos de Deus é que ele às vezes usa instrumentos estranhos para corrigir a sua igreja e o seu povo. Não é Satanás, mas Deus quem suscita os caldeus para castigar Israel. Os caldeus são a vara da ira de Deus contra o seu povo rebelde. Quando o povo de Deus deixa de ouvir a voz de Deus, de atender os seus profetas, Deus levanta os ímpios para disciplinar o seu próprio povo.

• Longe de ignorar a maldade opressora dos caldeus, Deus mesmo descreve os caldeus como uma nação terrível, violenta, opressora (v. 6-7).

• Se não nos voltarmos para Deus e nos arrependermos e não acertarmos nossa vida com Deus, o Senhor pode usar instrumentos estranhos para nos disciplinar.



II. OS CAMINHOS DE DEUS ÀS VEZES SÃO MAL INTERPRETADOS



1. Por pessoas religiosas descuidadas – v. 5

• A atitude do povo era: “Vejam o que esse profeta anda dizendo: que Deus vai usar os caldeus. Como se Deus pudesse fazer tal coisa! Não há perigo; não lhe dêem ouvidos. Os profetas são sempre alarmistas, e nos ameaçam com o mal. Que idéia é essa de que Deus há de suscitar um povo como os caldeus para castigar a Israel! Isso é impossível!”

• Foi assim também na época do Dilúvio. A geração de Noé não acreditou nas advertências de Noé. Eles consideravam sua pregação absurda. Eles zombaram dele. Deu-se o mesmo em Sodoma e Gomorra. As pessoas despreocupadas não poderiam crer que as suas cidades seriam destruídas. Jerusalém não creu quando Jesus alertou sobre o cerco de Tito Vespasiano em 70 d.C. e a cidade foi destruída. Hoje as pessoas não crêem na segunda vinda, não crêem na juízo final e por isso andam descuidadas!



2. Pelo Mundo – v. 11

• Os caldeus falharam completamente em compreender que eles eram apenas instrumentos nas mãos de Deus. Eles pensavam que o poder que possuíam era o seu próprio deus.

• As arrogantes potências mundiais que Deus tem usado para os seus próprios desígnios em várias épocas da história, sempre se orgulharam de suas realizações. Essas superpotências se acham onipotentes e adoram o seu próprio poder. O verdadeiro significado da história nunca lhes passsa pela cabeça.



III. OS CAMINHOS DE DEUS PRECISAM SER BIBLICAMENTE INTERPRETADOS



1. A história está sob controle divino – v. 6

• Deus controla não somente a Israel, mas também seus próprios inimigos, os caldeus. Toda nação da terra está sob a mão divina, porque não há poder neste mundo que, em última instância, não seja por Deus controlada. Não foi a força dos caldeus que lhes deu vitória. Foi Deus quem os suscitou. Deus é o Senhor da história. As nações para ele são como um pingo que cai de um balde, os povos como gafanhotos. Deus está acima de tudo. Ele está com as rédeas da história nas mãos.



2. A história segue um plano divino – v. 6

• O plano de Deus não pode ser frustrado. Israel não será destruído. O povo de Deus jamais será destruído. Os inimigos do povo de Deus podem ser usados por Deus para castigar o seu povo, mas eles sofreram a justa ira de Deus por não reconhecerem a mão de Deus sobre eles (2:5).



IV. OS CAMINHOS DE DEUS PRECISAM RESOLVER AS NOSSAS PERPLEXIDADES



1. O deus deste mundo é o poder passageiro, mas o nosso Deus é eterno – v. 11, 12

• O deus dos caldeus era o poder (v. 11). Esse poder era passageiro. O deus deles fora criado por eles mesmos. Mas o nosso Deus é eterno. Os problemas da história não podem abalá-lo nem destruído. É ele quem governa a história. A história não caminha para o caos, mas para um fim glorioso. O Deus a quem adoramos está fora do fluxo da história. Ele precedeu a história. Ele criou a história. Seu trono está acima do mundo e fora do tempo. Ele, o Deus eterno, reina na eternidade.



2. O deus deste mundo é criado, mas o nosso Deus é auto-existente – v. 12

• A palavra “Senhor” Jeová signifca EU SOU O QUE SOU. Deus diz: eu sou absoluto, auto-existente. Deus não depende, em nenhum sentido, de nada que acontece no mundo, mas existe em si mesmo.



3. O deus deste mundo mancomuna-se com o mal, mas o nosso Deus é santo – v. 13

• Deus é santo, é puro, é luz, é justo. Ele não comete injustiça. Seu trono é trono de justiça. Ele nã pode ver o mal sem odiá-lo. Todo o mal que existe no universo é totalmente repugnante para Deus por causa da sua pureza. Deus e o mal são oponentes irreconciliáveis. O mal será aniquilado. A truculência será destruída. Os ímpios serão sentenciados. O povo de Deus será resgatado (2:4).



CONCLUSÃO



Quando as nossas perplexidades superam o nosso entendimento, precisamos entregar a nossa causa nas mãos de Deus – (1.12-17). O drama de Habacuque era ver o sofrimento do justo imposto pela truculência dos maus. O drama de Habaque era ver como Deus usava um instrumento tão perverso para disciplinar o seu povo (v. 12b). O drama de Habaque é ver o sofrimento do povo de Deus nas mãos dos ímpios. Habacuque não se queixa contra Deus, mas a Deus (v. 2-4).



Em vez de se escandalizar, entregar-se à revolta, à amargura e fugir de Deus, Habacuque corre para Deus e refugia-se nele e busca nele resposta às suas queixas, às suas perguntas?



Nesse capítulo 1 o apóstolo não recebe resposta alguma à sua queixa, à sua oração. Ele só vai encontrar uma reposta à sua queixa quando ele sobe à torre de vigia e Deus lhe mostra o propósito glorioso na vida do seu povo e o julgamento inexorável dos ímpios (2:4).





Fonte : Site do Rev. Hernandes Dias Lopes