terça-feira, 24 de novembro de 2009

A culpa dos que toleram a apostasia


Por: Antonio Fernandes


Diz o dito que "porteira que passa um boi passa uma boiada". É a mais pura verdade em se tratando da igreja evangélica brasileira, versão piorada de sua mentora made in USA. Em nome das experiências sobrenaturais e de uma pretensa modernidade, escancararam-se as porteiras das heresias e a sã doutrina neotestamentária foi impiedosamente pisoteada pela turba gospel.



Nas três últimas décadas só o que os crentes bíblicos fizeram foi tolerar, relevar, fazer vistas grossas aos inúmeros modismos, aos ventos de doutrina extra-bíblica que chegaram como brisa e hoje fustigam a igreja como o impetuoso Sirocco, aquele vento quente que sopra areia do Saara nos olhos azuis da elegante e frívola Riviera. Assim, fomos cedendo aos caprichos de líderes megalômanos, Ataturks e Stalins do neo-evangelho promotores do culto à personalidade; intrépidos diante de um Deus que é puro fogo consumidor, não pouparam esforços em dar ao povo a igreja que o povo queria, fazendo-o prostrar-se diante de Mamom. De nada valeram as advertências do Senhor Jesus.



Fomos aceitando, engolindo a seco sapinhos e sapões e em nome do amor e da unidade evangélica trancafiamos a sã doutrina reformada no armário da indiferença. Constrangidos, dizíamos que tínhamos inimigos maiores para combater e que aquilo tratava-se de meras e passageiras traquinagens. Víamos inimigos em todos os lugares, na mídia (leia-se rede Globo), catolicismo romano, espiritismo, umbandistas, TJ's, adventistas, mórmons, esotéricos, santos Daimes e catimbós Juremas... menos onde jamais imaginaríamos que ele também pudesse estar, na igreja.



Exatamente como a Roma imperial, as fronteiras da igreja foram perigosamente dilatadas, ao ponto de não conseguirmos mais conter a invasão bárbara do neo-evangelho da prosperidade. Postados na porta da frente esperamos vigilantes o inimigo e ele entrou pelos fundos, pulando o muro da vergonha como fazem os adúlteros, escondendo a sua ereção e reais intenções atrás da falsa capa da espiritualidade à flor da pele.



Tem sido desalentador constatar que o sólido edifício espiritual dos primeiros séculos virou um claudicante barraco sustentado por ripas podres de heresias. Diante da derradeira tragédia só nos resta empunharmos nossas Bíblias e proclamarmos as verdades inegociáveis do Evangelho de Jesus Cristo e da fé reformada. A imoralidade e indecência chegou a um nível tal que nem precisaremos andar pelados e descalços como o profeta Isaias, para expor o quão nua está a igreja evangélica nacional diante de Deus e dos homens. O incêndio pode estar fora de controle mas peguemos no balde e façamos nossa parte, e se conseguirmos tirar alguns do caminho do engano já teremos ganho o dia.



Que o benigno Deus nos sustente nestes dias de profundo desencanto, que precedem a gloriosa volta do Seu Amado Filho Jesus Cristo, Senhor e Salvador nosso.





Autor: Antônio Fernandes - é design gráfico, membro do movimento dos irmãos de Sorocaba-SP

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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Hora de desfazer as malas !



"Jerusalém gravemente pecou (...) ela não pensou no seu futuro." Lamentações 1:8-9.

Ninguém quis dar ouvidos à advertência dos profetas.


- Jerusalém cairá! diziam eles em uníssono. Desde que o povo hebreu entrou na Terra Prometida, os anos sabáticos foram negligenciados. De acordo com a ordem divina, podia-se cultivar a terra por seis anos, mas no sétimo, a terra deveria descansar (Lv.25:3-5).

490 anos se passaram, e a terra continuava sendo cultivada ininterruptamente. Interessante que hoje, milhares de anos depois, a ciência comprova que se a terra não descansar a cada seis colheitas, ela perde a produtividade. Chegara a hora da cobrança. A terra já não suportava mais. E se ela deixasse de produzir, a fome destruiria aquela nação.


Jeremias, em suas Lamentações, afirma que o pecado de Jerusalém foi não pensar no seu futuro. Aquela era uma geração inconseqüente e irresponsável. Nossa sociedade tem incorrido no mesmo erro. Somos uma civilização imediatista. Só pensamos nas necessidades imediatas. Enquanto isso, o futuro está sendo sacrificado no altar das conveniências. Nossos rios estão poluídos. Nosso abastecimento de água potável está ameaçado. Milhares de espécies de animais correm o risco de serem extintas ainda este século. Nosso ar está irremediavelmente comprometido pelos gases tóxicos emitidos pelas chaminés das fábricas. Não temos pensado em nosso futuro.


Se o que se tem pregado em muitos púlpitos for verdade, não temos com que nos preocupar. Afinal, somos a última geração! Infelizmente, é nisso que a maioria dos cristão crê em nossos dias. Se continuar nesse ritmo, nossa civilização cairá. O papel do profeta não é prever, mas prevenir. Não podemos continuar nessa marcha rumo à aniquilação. Algo precisa ser feito. E o primeiro passo é a conscientização acerca do problema e da responsabilidade que temos como sociedade. Um dia, a terra vai cobrar! E já está cobrando. A conta é caríssima. Quem vai pagar? As próximas gerações. Em outras palavras, estamos deixando a conta para nossos filhos e netos.


Nossa dívida com a terra já está rolando há muito tempo. São juros sobre juros. O povo de Jerusalém já devia 70 anos sabáticos à sua terra. Em 490 anos, eles jamais atentaram para esse mandamento. Chegara a hora de cumprir a sua parte no trato feito com Deus. Nabudonozor foi o monarca babilônio usado por Deus para remover os judeus de sua terra. Foram exatos 70 anos de exílio, para que a terra recebesse o descanso devido. Setenta anos sem arado, sem semeadura, sem colheita.



Foi Zacarias quem profetizou já no fim do exílio babilônico: “...Toda a terra está tranqüila e descansada. Então disse o anjo do Senhor: Ó Senhor dos Exércitos, até quando não terás compaixão de Jerusalém, e das cidades de Judá, contra as quais estiveste irado estes setenta anos?” (Zc.1:11b-12). O juízo de Deus não se restringe ao aspecto punitivo, mas sempre traz em seu bojo a manifestação da misericórdia de Deus à Sua criação.



Quando os judeus chegaram à Babilônia, muitos profetas se levantaram para consolar seus patrícios, afirmando que seu cativeiro duraria pouquíssimo tempo. Porém Deus levantou Jeremias pra garantir àquela gente, que seu cativeiro duraria pelo menos por duas gerações. Não adiantaria murmurar, reclamar, ou promover algum tipo de levante contra aquela situação. Sua terra precisaria de um descanso de 70 anos.


Distoando completamente de seus colegas, Jeremias diz:


“Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel, a todos os que foram transportados, que eu fiz transportar de Jerusalém para Babilônia: Edificai casas, e habitai nelas; plantai pomares, e comei o seu fruto. Tomai mulheres, e gerai filhos e filhas; tomai mulheres para os vossos filhos, e dai as vossas filhas a maridos, para que tenham filhos e filhas. Multiplicai-vos, e não vos diminuais”. Jeremias 29:4-6


Em outras palavras, era hora de desfazer as malas, e programar-se para o futuro. Nada de alienação, nem falsas esperanças. Ali era seu novo lar. Em vez de lamentar-se a vida inteira, eles deveriam edificar, plantar, comer, construir relacionamentos, criar filhos e etc.

Jeremias prossegue:


“Procurai a paz e a prosperidade da cidade, para onde vos fiz transportar. Orai por ela ao Senhor, porque se ela prosperar vós também prosperais”. Jeremias 29:7

Quem disse que nossa prosperidade independe da realidade social na qual estamos inseridos? É claro que Deus é poderoso o suficiente pra nos fazer prosperar a despeito da crise econômica em que nosso país esteja mergulhado. Entretanto, em Sua sabedoria, Deus nos permite passar pelas mesmas situações e adversidades que os demais. Salomão reconhece isso ao declarar: “Tudo sucede igualmente a todos; o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao mau, ao puro e ao impuro” (Ecl.9:2). Ninguém está imune às adversidades desta vida. Portanto, em vez de buscar nosso bem-estar particular, devemos buscar incessantemente o bem-estar de todos à nossa volta. Se nosso país prospera, nós também prosperamos. Se ele sofre, nós também sofremos.


Não consigo entender a indiferença de muitos cristãos para com as questões sociais e ambientais. Parecem pessoas de outro mundo. Todos somos igualmente vítimas dos maus tratos sofridos pelo meio-ambiente. Todos somos vítimas das injustiças sociais.


A alienação constatada no meio cristão é fruto de uma mensagem desequilibrada, que leva as pessoas a acreditarem que esse mundo não tem jeito, e que a única coisa a fazer é esperar pelo dia em que seremos arrebatados ao céu.


Pregadores e teólogos regem o coro que diz: quanto pior, melhor. Para eles, isso aceleraria a volta de Jesus. Para eles, simplesmente não há futuro. Pelo menos, não nesta terra. Por isso, os crentes parecem estar sempre de “malas prontas” pra partir daqui. Eles são constantemente alertados: Vivam hoje, como se fosse o último dia. Até que ponto, esse tipo de postura não faz de nós um povo alienado?


Ora, se somos a última geração, por que deveríamos nos preocupar com questões como a camada de ozônio, a emissão de gases tóxicos, a má distribuição de renda, e outras questões pertinentes.


Geralmente, os crentes estão mais preocupados com questões de cunho moral, tais como o aborto, o homossexualismo, a liberação das drogas e etc. Não que estas questões não tenham seu grau de importância. Mas o fato é que estamos coando mosquitos, e engolindo camelos o tempo inteiro. Quando Cristo vier, Ele certamente deseja encontrar uma igreja militante, de mangas arregaçadas, trabalhando pela transformação do mundo. Infelizmente, o que vemos hoje, é uma igreja apática, alienada, gnóstica, e descomprometida com a agenda do Reino de Deus.

Se não precisássemos nos preocupar com aquilo que ocorre em nosso mundo, como se isso não nos afetasse, Paulo jamais nos teria admoestado:


“Exorto, pois, antes de tudo, que se façam súplicas, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens, pelos reis, e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranqüila e sossegada, em toda piedade e honestidade.” 1 Timóteo 2:1-2.

Leis que são votadas na surdina no Congresso Nacional, afetam em cheio o nosso cotidiano. Não podemos mais fingir que está tudo bem, nem dar ouvidos aos profetas da comodidade. O mundo não está acabando! Há futuro para a humanidade.


Veja o que a boca do Senhor diz:


“Pois eu sei os planos que tenho para vós, diz o Senhor, planos de paz, e não de mal, para vos dar uma esperança e um futuro.” Jeremias 29:11.



Ora, se há futuro para nós, temos que agir hoje, como se fosse o primeiro dia do resto de nossas vidas.


Temos que pensar naqueles que nos sucederão. Quando ouço alguns pastores afirmando que o mundo está caminhando para um fim iminente e trágico, tenho vontade de perguntar qual a razão de a maioria deles parecer tão preocupada em construir templos suntuosos. Se não há futuro, não há razão pra construir nada. Cruzemos os braços, e aguardemos o pior. Mas se há futuro, arregacemos as mangas, e mãos à obra! E lembremo-nos de que, não é a Terra que será destruída, e sim, aqueles que a destroem (Ap.11:18).

Autor:  Hermes Fernandes
Via:  Genizah

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Os "idiotas úteis" do sistema.



Pb. Geovani dos Santos


Os crentes de hoje parecem conformados com toda sorte de esquisitices e baboseiras que são vociferadas de muitos púlpitos como se fossem “verdades divinas” enviadas diretamente do trono do Altíssimo. Sem qualquer preocupação sobre o teor destas “verdades”, se estas encontram ou não respaldo bíblico-teológico, cristãos assimilam os jargões de tais líderes ou pregadores disseminando tais revelações e falsos ensinos deliberadamente, contaminando assim outros com o fermento do engano e da apostasia.

Se alguém fala ou pensa diferente de tais ensinos e procura abrir os olhos dos incautos através da palavra, demonstrando o que é verdadeiro;tais indivíduos hipnotizados pelo sistema e marionetizados pela mentira e engano dos seus líderes taxam essa pessoa de reacionária ou de polemista, afastando-se da mesma, considerando-a perigosa e criadora de casos.

Podemos comparar essas pessoas insensíveis à verdade e controladas pelos ensinos enganosos dos falsos mestres da igreja atual como os verdadeiros “idiotas úteis” do sistema, tomando aqui emprestadas as palavras do maquiavélico líder russo Stalin, que usava esta expressão para os que acreditavam nas suas mentiras e disseminavam a sua ideologia comunista canhestra. Veja o que diz Fontova:


“Stalin chamava de “idiotas úteis” aos tolos que acreditavam e repetiam as

mentiras sobre o sucesso do comunismo na URSS. Obviamente, esses idiotas não

moravam na URSS, talvez por isso tivessem tanta facilidade em elogiá-lo”.

No que diz respeito ao mundo evangélico, o que ocorre é algo quase parecido. Neste caso, os “idiotas úteis” são as membresias das igrejas ludibriadas por farsantes e charlatães que sob o pretexto de uma falsa piedade, manipulam estas massas com o simples objetivo de se locupletarem e, desta forma se perpetuar no poder às expensas dos dízimos e ofertas dos pobres coitados e desinformados crentes que deixaram de ler as suas bíblias.

Embora o comportamento de tais líderes seja notório e as denúncias contra os mesmos flagrantes, com até mesmo representações na justiça, o que é fato inegável. Prefere-se acreditar que os mesmos são vitimas de perseguição religiosa ou ideológica. Quanta ingenuidade!

Enquanto os nossos queridos irmãozinhos não abrirem o olho contra esses mal intencionados “obreiros da injustiça”, tornando-se bereianos, tais incontinências morais e éticas serão praticadas em nome do Senhor e do Evangelho.

Quanta falta faz o conhecimento das Escrituras Sagradas! Se a bíblia fosse lida e vivida de modo prático, todos estes equívocos que vemos em nossas igrejas hoje seriam destruídos ante o escrutínio da verdade. A falta de criticidade e de análise do conteúdo pregado e ensinado na atualidade por líderes cristãos de todas as correntes do Cristianismo, tem aberto a porta para o surgimento de modismos e ventos de doutrina sem precedentes na história do evangelicalismo mundial. Tal ascensão do erro em nossos indica plenamente o que Paulo declara em II Tessalonicenses 2.7:

“Com efeito, o mistério da iniqüidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém; então, será, de fato, revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e o destruirá pela manifestação da sua vinda. Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo o engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos. É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem credito à mentira”.

Os acontecimentos de nosso tempo e todas as manifestações perceptíveis em nosso meio cristão, apontam para a realidade do cumprimento do quadro profético descrito por Paulo nos versículos acima. O retrato da insensibilidade no tocante à verdade bíblica autêntica e o abandono a passos bem largos da doutrina apostólica revelam o quanto o “mistério da iniqüidade” já está em plena operação e aumentará na medida em que se aproxima a nossa redenção.

Para alguns, ainda nos resta vociferar em tom judicioso que se arrependam do seu caminho de insensatez no que diz respeito a mentira que abraçam como verdade. Precisamos nos apiedar destes, como diz Judas:

“E compadecei-vos de alguns que estão na dúvida; salvai-os arrebatando-os do fogo” (Jd 22,23).

É por esta razão que convém continuar atacando a mentira e todo o comportamento contrário à sã doutrina. Sempre tendo em mente dissuadir os que estão no erro e permitir que adotem um pensamento bibliocêntrico, desenvolvendo nos mesmos criticidade e tino espiritual para avaliar o que é certo ou errado segundo as Escrituras. Contudo, sabemos que devemos assim proceder com espírito de mansidão e amor para com os nossos irmãos que estão nas garras de lobos vorazes travestidos de ovelhas. Lembrando sempre que somente o Espírito Santo pode convencer do erro aqueles que já estão enredados por ele.

Nossa luta, portanto, embora seja uma luta espiritual, posto que é travada contra as influências do erro que tem como seu mentor e arquiteto, o próprio Diabo. Por sua vez constitui-se uma batalha no plano das idéias, do pensamento. Daí a importância de estarmos preparados com todos os argumentos bíblicos necessários, tendo em vista resgatar estas almas preciosas.

Embora o estrago na seara do mestre perpetuado pelas raposas já seja quase irreversível, uma vez que desembocará num estado de apostasia cada vez maior, que é um sintoma do fim dos tempos, e desta presente dispensação; Resta, portanto, nos mantermos impávidos, empunhando sempre a espada do Espírito até que a trombeta ressoe e o rebanho do Senhor esteja são e salvo em seu aprisco eternal.

Via Genizah

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Pregadores da autoajuda e do triunfalismo



“E curam superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: Paz, paz! Mas não há paz” – Jeremias 8.11 (Almeida Século 21)


A situação era terrível. Judá estava vivendo em pecado, caminhando para o desastre como o falecido Israel caminhara. Jeremias vê sua nação perdida na iniqüidade, é chamado por Deus para adverti-la, mas não lhe davam ouvidos. Isto mostra que o pecado endurece o coração das pessoas a tal ponto que o petrifica. Elas passam a amar o erro.

E apareceram falsos profetas, com mensagens opostas as de Jeremias. Ele falava de juízo, eles falavam de vitória. Ele anunciava a necessidade de arrependimento, e eles anunciavam que bastava a vida religiosa festiva. Jeremias anunciava a tribulação trazida por Deus para sacudir o povo, mas eles ofereciam shalom, que é mais que “paz”. É integralidade, a totalidade do bem estar, na plena posse das bênçãos de Deus. Jeremias era o profeta “durão”. Eles eram “os caras”.

A pior desgraça para uma nação e pessoas é uma religião que as afaste de Deus. E como vemos isso hoje! Não se fala mais de pecado, de juízo, de arrependimento. As pregações são estimulantes, anunciando que vamos pisar os inimigos e triunfar sobre eles. Jeremias pregava arrependimento e sinceridade. Os falsos profetas falavam de festas e louvores. Isso bastava. Deus queria forró, e não corações quebrantados, na ótica dos falsos profetas. “Desde o profeta até o sacerdote, todos lançam mão da falsidade” (Jr 8.10).

A verdadeira religião não são festas para iludir a Deus e trazê-lo para o nosso lado, para que ele nos dê tudo o que precisamos. A verdadeira religião é descobrir a vontade de Deus e enquadrar-se nela. Mesmo precisando mudar radicalmente de vida.
O evangelho não é um chamado à felicidade nem à prosperidade. É um chamado para andar com Deus, tomando a cruz. Por toda a Bíblia o homem é chamado a se ajustar à vontade de Deus. Houve profetas anunciando coisas boas para o povo. Desfrutavam de grande popularidade. Da mesma forma os profetas de hoje que anunciam o triunfo e a prosperidade são populares. Mas cuidado, você que gosta de ouvir coisas boas! Os contemporâneos de Jeremias queriam só ouvir de triunfo e prosperidade, mas segundo o profeta, no fim teriam que dizer, lamentando: “O tempo da colheita passou, findou o verão, e nós não estamos salvos” (Jr 8.20). Passou o tempo da oportunidade e não consertaram a vida com Deus. O juízo viria mais rápido ainda.
Você está com a sua vida acertada com Deus? Está regulando seu procedimento com os padrões da Palavra de Deus? Todo profeta que varre para baixo do tapete a santidade de Deus e suas exigências morais e espirituais é um falso profeta. Deus não é Papai Noel. É o Santo de Israel.

Fuja da superficialidade dos pregadores da autoajuda e do triunfalismo. Examine-se diante de Deus e acerte sua vida com ele!

 Por: Isaltino Gomes Coelho Filho

Em nome de Jesus


E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho (Jo 14,13).

Da Teologia Sistemática, de Wayne Grudem:

É nítido que não significa simplesmente acrescentar a expressão "em nome de Jesus" depois de cada oração, pois Jesus não disse: "Se pedirem alguma coisa e acrescentarem as palavras 'em nome de Jesus' após a oração, eu o farei". Jesus não está meramente falando de acrescentar determinadas palavras, como se fossem uma espécie de fórmula mágica que daria poder às nossas orações. [...]

Num sentido mais amplo, o "nome" de uma pessoa no mundo antigo representava a própria pessoa e, portanto, a totalidade do seu caráter. Ter "bom nome" (Pv 22,1; Ec 7,1) era ter boa reputação. Assim, o nome de Jesus representa tudo o que ele é, todo o seu caráter. Isso significa que orar "em nome de Jesus" não é só orar com sua autoridade, mas também orar de modo compatível com seu caráter, que verdadeiramente o represente e reflita o seu modo de vida e a sua própria santa vontade. Nesse sentido, orar em nome de Jesus se aproxima da ideia de orar "segundo a sua vontade" (1Jo 5,14-15).

por Nani em teologia

domingo, 15 de novembro de 2009

O impostor



“Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.” – Mt 7.22.23


É incrível como, apesar de se reconhecerem cristãs, algumas igrejas pregam doutrinas tão diferentes. É certo que nem todos somos iguais, e isso se reflete nas instituições também, porém algumas diferenças são discrepantes, dando a impressão de virem de fontes diferentes. Porém, todas as igrejas ditas evangélicas dizem se pautar pelo mesmo livro: a Bíblia. Então, de onde vem essa diferença?

Após anos de pesquisa, um importantíssimo estudioso da língua portuguesa que pediu anonimato nos revelou, em primeiríssima mão, que o problema é de fonética. Haveria um Deus e um imitador, com nomes cuja escrita é diferente, porém cuja pronúncia é praticamente idêntica: Jesus e Gezuiz. Os dois atendem aos clamores de seus fiéis e realizam maravilhas, porém o primeiro é o Autêntico e o segundo, uma tentativa de cópia mal-desenhada. Gezuiz quer usurpar o poder de Jesus, como já o tentara há muito tempo atrás, só que com o Deus Pai. Como não conseguiu êxito em sua primeira tentativa agora está tentando de novo, querendo desvirtuar o povo de Deus (como já o fizera com um terço de seus pares), levando-o a adorá-lo achando o estar fazendo à Jesus.

Complexo não? Vamos descomplicar, mostrando algumas diferenças entre Gezuiz e Jesus:

Gezuiz: Tudo isso te darei, se prostrado me adorares (Mt 4.9)

Jesus: Buscai primeiro o Reino de Deus e a Sua Justiça, e todas as coisas lhe serão acrescentadas (Mt 6.33)

Gezuiz: O Senhor te porá por cabeça, e não por cauda (Dt 28.13)

Jesus: O maior entre vós seja como o menor, e quem governa como quem serve (Lc 22.26)

Gezuiz: Riquezas e honra estão comigo (Pv 8.18)

Jesus: O Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça (Mt 8.20)

Gezuiz: Nenhum mal te sucederá, nenhuma praga chegará à sua tenda (Sl 91.10)

Jesus: No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, Eu venci o mundo (Jo 16.33)

Gezuiz: Prosperidade e riquezas haverá em sua casa (Sl 112.3)

Jesus: Bem-aventurados os pobres, porque deles é o Reino dos Céus (Lc 6.20)

Gezuiz: Trazei todos os dízimos à Casa do Tesouro (…). Por vossa causa repreenderei o devorador e ele não destruirá os frutos da vossa terra (Ml 3.10-11)

Jesus: Eu os resgatei da maldição da lei, fazendo-me maldição por vós (Gl 3.13)

Gezuiz: Não toqueis no ungido do Senhor (1 Cr 16.22)

Jesus: Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos Céus (Mt 7.21)

Gezuiz: E sucedia que, havendo algum mal sobre alguém, quando esse olhava/tocava/usava a serpente de ouro/o terno do pastor/o sabonete ungido, vivia/se curava (Nm 21.9)

Jesus: E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão (Mc 16.17-18)

Gezuiz: Assim diz o Senhor (trocentos versículos)

Jesus: Provais se o espírito é de Deus, porque muitos falsos profetas têm se levantado no mundo (1 Jo 4.1)

Como visto, Gezuiz se utiliza da ignorância do povo, manipulando as Sagradas Escrituras a fim de que concordem com seus ensinamentos heréticos: pega-se um versículo fora do contexto e sobre ele cria-se uma nova doutrina (como ninguém tem paciência para ler a Bíblia, o truque não é descoberto e a mentira se perpetua).

Eis o combate do século: Jesus x Gezuiz. Aparentemente Gezuiz está ganhando, pois suas igrejas são muito maiores e muito mais lotadas dos que as de Jesus. Utilizam-se de metodologias mil para chamar novos membros, que embora sob o nome de “convertidos”, na verdade continuam com a mesma vidinha de sempre, adorando ao mesmo deus que adoravam no passado, só que agora com outro nome. Estamos no 10o. round, numa luta de 12 assaltos, e enquanto a igreja de Jesus está lá sumidinha, apagadinha no ring, a igreja de Gezuiz está gorda, inchada, enfeitada, reluzente.

Quem vencerá? Quem já assistiu a filmes como Rocky o Lutador sabe que o herói sempre apanha muito, para só no último round haver a reviravolta. Jesus apanhou bastante, mas por suas pisaduras fomos sarados e Ele venceu a morte e o inferno. Assim como Ele, nós, Sua verdadeira Igreja, também apanharemos muito dos comparsas do Gezuiz (pois estamos lutando diretamente contra eles no resgate das almas que já estão enganadas), mas cientes de que a vitória no final é nossa, porque Ele já a conquistou por nós. Algumas igrejas de Gezuiz se dizem perseguidas, mas a verdadeira perseguição se dará com a conivência delas e contra as igrejas de Jesus.

O combate está chegando ao fim. Que possamos, ao final, dizer o mesmo que o Apóstolo (de verdade) Paulo:

“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.” – 2 Tm 4.7-8

Publicado em Ser estrangeira

A verdadeira Igreja de Jesus


Andrew Strom
Tradução de João A. de Souza Filho

Muita gente lerá este artigo e se perguntará: Pra onde foi todo mundo? Qual é o alvo? A resposta corriqueira pode ser? Queremos ser como a igreja do Novo Testamento. Mas, como era a igreja do Novo Testamento?
Este é um tema importante – e sobre o qual venho pensando nos últimos anos. Como seria a igreja daquela época se conseguíssemos vê-la em nossos dias? Em nossas cidades?
Pra começar, esqueça a igreja de hoje por uns instantes – com todos seus problemas e contradições, e imagine algo diferente. Quero que você se imagine vivendo na mesma cidade, no mesmo ano, mas você se encontra exatamente no meio de uma cena típica dos Atos dos Apóstolos. Alguma coisa, na realidade, mudou.
Sei lá por que todas as pessoas cheias do Espírito Santo em sua cidade abandonaram suas denominações e suas estruturas divisionistas. Começaram a cumprir a oração de Jesus de “que todos sejam um”. Esses cristãos se reúnem em grandes concentrações por toda parte da cidade, ao ar-livre. E, da mesma maneira, em cada rua existe uma casa onde algumas pessoas daquela rua se reúnem para comer e ter comunhão, etc. Isto é, ali se reúne a igreja da vizinhança! O poder de Deus nessas reuniões caseiras é impressionante. Milagres e curas ocorrem. Os dons fluem livremente o dia todo.
Parece que os grandes templos e catedrais estão vazios. Os cristãos não querem mais se esconder dentro de quatro paredes. Reúnem-se onde o povo está, falando de Jesus pra todo mundo. Querem ser de fato, um corpo. Nenhum templo da cidade é grande o suficiente para conter a multidão.
Os homens que lideram esse movimento não se parecem com os “reverendos” ou os “teleevangelistas” do passado. Na realidade alguns deles nunca freqüentaram uma escola de teologia, e são pessoas simples, de origem pobre. Mas, que unção! Está claro aos olhos de todos que esses apóstolos e profetas (como são conhecidos) gastaram anos em oração e quebrantamento diante de Deus – vivendo cada vez mais em comunhão com Deus. Quando falam, o temor do Senhor se apodera das pessoas, e muita gente se arrepende de seus pecados. Os demônios são expulsos, cegos curados, paralíticos andam – coisas assim acontecem o tempo todo. A cidade está perplexa e milhares e milhares são salvos. As notícias são estampadas na tevê e nos jornais.

Quando alguém se arrepende é imediatamente batizado, e recebe imposição de mãos para ser cheio do Espírito Santo. Isso vem acontecendo desde o primeiro dia! E também se espera que cada crente exerça seus dons – e são encorajados a praticarem seus dons espirituais. Não existe diferença entre “ministros” e “leigos”. Todos são ministros de Deus, contudo, existem anciãos ou presbíteros, isto é, pessoas idôneas que supervisionam tudo isso.

Pastores e bispos de várias denominações dizem que isto faz parte de um “espírito de engano” e alertam o povo pra se manterem distantes de tudo. (Cada avivamento na história teve seus acusadores e perseguidores, geralmente os líderes religiosos). Mas, honestamente, é tão óbvio ao povo que Deus está por trás dos acontecimentos que ninguém os leva a sério. O Espírito de Deus se move, e a glória de Deus desce entre as pessoas.

A razão por que alguns desses líderes estão contra é que as ofertas não vão mais para o templo, mas são distribuídas entre o povo pobre. De fato, Deus falou às pessoas para que elas comecem a ajudar as viúvas pobres e crianças de ruas e órfãos ao redor do mundo. Os cristãos que têm necessidade são imediatamente supridos.Tem gente que vendeu aquelas propriedades extras – casas de praias e de serra, para doar aos pobres.

O tema central deste grande movimento é amor. “Olhem, como essa gente se ama”! Dizem as pessoas. E as pessoas oram como nunca antes oraram.

E assim, reunindo-se como “um só povo” ao ar-livre, e partindo o pão de casa em casa, essa gente come com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e ganhando o apoio de todo o povo. E o Senhor acrescenta diariamente os que vão sendo salvos.

Isso poderia acontecer?

O que descrevi acima está no livro dos Atos dos Apóstolos, apenas contextualizado para os nossos dias. Tudo que escrevi é para dar a voce a idéia de como seria sua vida se você estivesse residindo na cidade de Jerusalém no livro de Atos. Imagine o impacto dessa igreja no mundo de hoje. E Deus quer usar pessoas comuns, como você e eu pra que isso volte a acontecer.

Não creio que devemos imaginar que a igreja primitiva era um “caso especial”. Os registros do livro de Atos foram-nos deixados como exemplo do que é normal e do que deveria ser a igreja em todos os tempos. Mesmo assim, quão distante estamos dessa igreja! Apenas em tempos de avivamento conseguimos nos aproximar do modelo acima. Creio que o que aconteceu em Atos deveria ser uma coisa normal, diária.

No entanto, uma coisa é certa: Seria bom que isso voltasse a acontecer. Mas, esteja certo de uma coisa: Para que isto volte a ocorrer a hierarquia religiosa dominante, diretorias de igrejas e conselhos têm de desaparecer. E muita gente não quer perder o poder. Elas sequer se interessam pela verdade. Tudo que afeta a posição de liderança e a organização denominacional tem de ser descartado.

Não é possível uma transição “suave” para este tipo de cristianismo; acredito que haverá um mover forte de Deus que romperá com tudo. Está no programa de Deus. Pode estar certo, meu irmão: Deus o fará! Esta é a igreja do Novo Testamento que todos anelamos.

Extraído de:  revival school

sábado, 14 de novembro de 2009

Porque não exercemos nosso papel de cristão ?




Ficamos empolgados com a efervescência dos shoppings com a chegada do Natal. Logo pensamos nos presentes dos filhos, dos parentes e amigos. Pensamos na ceia, na decoração e só. Onde está o sentido do Natal ? Quem deveria ser a figura central dessa celebração ? Pergunte a qualquer criança e ela dirá Papai Noel. Mas esse é o personagem principal da sociedade capitalista, o verdadeiro e esquecido Senhor dessa celebração teoricamente é Jesus. Reclamamos do consumismo, mas não ensinamos aos nossos filhos a verdadeira adoração ao grande Mestre que é digno de toda honra e todo louvor. O que Jesus faria no nosso lugar ? E as pessoas a quem Jesus se compadecia ? O que nós fazemos por elas ? Está ao nosso alcance aliviar o sofrimento dessas pessoas e não fazemos isso porque somos egoístas e queremos mesmo é viver para os nossos. Todo Natal é assim, presenteamos quem não tem mais onde guardar brinquedos. Perdemos tempo procurando a "lembrancinha" do parente "mais chegado" que certamente será esquecida. Mas porque agimos assim ? Porque não amamos aos pequeninos de Jesus como ele amou. Porque não paramos nem pra pensar no que Jesus faria em nossos passos. É tempo de refletir sobre o verdadeiro sentido do natal, tirando os olhos e o coração do centro das nossas vidas para aqueles que sem esperança vivem a margem de toda essa "celebração". Realmente, tem alguma coisa errada na celebração do Natal... Se o mundo inteiro, que não conhece verdadeiramente a Cristo, comemora e zela por essa data, de fato, tem algo errado com o Natal...


Finalmente, meu blog. Que direção irei ?


Pra começo de conversa quero avisar que caí aqui de paraquedas. Ainda não sei qual a direção que esse blog irá tomar. Estou me acostumando e aprendendo a usar esse troço. Sei que estou falando para as paredes... (risos). Vou seguir...