terça-feira, 4 de maio de 2010

Infelizmente eles não querem mais...




Infelizmente eles não querem mais as doutrinas da graça, preferem semear sementes.


Infelizmente eles não não querem mais adorar a Deus, querem shows.

Infelizmente eles não querem mais pregar sobre arrependimento, querem vitória a qualquer preço.

Infelizmente eles não querem mais viver uma vida de quebrantamento, querem determinar as bênçãos de Deus.

Infelizmente eles não querem mais as Escrituras Sagradas, preferem "o reteté de Jeová".

Infelizmente eles não querem mais pregar o evangelho, preferem um cristianismo "cabalistico" cheio de números.

Infelizmente eles não querem mais ser chamados de servos, preferem o titulo de apóstolo.

Infelizmente eles não querem mais viver uma vida simples, querem o DNA da Honra.

Infelizmente eles não querem mais a mensagem libertadora da Cruz de Cristo, querem quebrar maldições hereditárias.

Infelizmente eles não querem mais a previdência divina, querem o trízimo do povo de Deus.

Infelizmente eles não querem mais a graça, querem vender indulgências.

Infelizmente eles não querem mais servir a Deus como mordomos, querem fazer de Deus o seu gênio da lâmpada mágica.

Dias dificeis os nossos!

“E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita.” (II Pedro 2 :3)



Pense nisso!

Renato Vargens

Via  Blog do Autor

segunda-feira, 3 de maio de 2010

"Mas nós, cristãos, somos um bando de vigaristas trapaceiros..."

“A questão é simples. A Bíblia é muito fácil de entender. Mas nós,
cristãos, somos um bando de vigaristas trapaceiros. Fingimos que não
somos capazes de entendê-la porque sabemos muito bem que no minuto em
que compreendemos estaremos obrigados a agir em conformidade.

Tome qualquer palavra do Novo Testamento e esqueça tudo a não ser o seu
comprometimento de agir em conformidade com ela. ‘Meu Deus’, dirá você,
’se eu fizer isso minha vida estará arruinada. Como vou progredir na
vida?’. Aqui jaz o verdadeiro lugar da erudição cristã.

A erudição cristã é a prodigiosa invenção da igreja para defender-se da
Bíblia; para assegurar que continuemos sendo bons cristãos sem que a
Bíblia chegue perto demais.

Ah, erudição sem preço! O que seria de nós sem você? Terrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo, De fato,
já é coisa terrível estar sozinho com o Novo Testamento.”

                                                              Soren Kierkegaard
 Via Genizah

domingo, 2 de maio de 2010

Que a vontade de Deus se cumpra! (desde que coincida com a nossa!)


Por Isaltino Gomes Coelho Filho

“Seja a resposta boa, seja má, obedeceremos à voz do SENHOR nosso Deus, a quem te enviamos, para que tudo vá bem conosco, obedecendo à voz do SENHOR nosso Deus” e “Foram para a terra do Egito, em flagrante desobediência à voz do SENHOR, e chegaram a Tafnes”
Jeremias 42.6 e 43.6 – Almeida Século 21.

A liderança política de Judá procurou Jeremias e lhe pediu para consultar ao SENHOR. Deveriam ir para o Egito ou não? Estavam dispostos a obedecer, fosse a resposta boa ou não. Que atitude bonita! Vemos tanta gente assim, hoje, que quer saber a vontade de Deus para sua vida e se dispõe a cumpri-la, independente de qual seja. Isto é que é submissão!

Dez dias depois, a palavra do SENHOR veio a Jeremias, e ele chamou Joanã e os demais líderes da nação e lhes deu a resposta. Não deveriam ir para o Egito, e sim ficar em Jerusalém. A resposta fora dada e agora era a hora de cumprir a disposição de obedecer.

Foi uma indignação: “Então falaram Azarias, filho de Hosaías, e Joanã, filho de Careá, e todos os homens soberbos, dizendo a Jeremias: Tu dizes mentiras; o Senhor nosso Deus não te enviou a dizer: Não entreis no Egito para ali peregrinardes” (Jr 43.2). O povo foi para o Egito e arrastou Jeremias e seu secretário, Baruque, consigo. E a obediência tão pomposamente afirmada antes? Bem, Deus não confirmou a vontade do povo, e assim este se recusou a obedecer. Bem típico de muita gente, ainda hoje. Se a Bíblia confirma sua posição, cumpra-se. Se não corrobora sua posição, então busque-se alguma outra fonte. O que importa é que a vontade do homem se cumpra.

“Que a vontade de Deus se cumpra, desde que coincida com a nossa!” parece ser o lema de muitos crentes. Boa parte deles não quer obediência, mas tranqüilidade. Correção, nem pensar. Conforto, sim. A mensagem deve ser sempre de promessa e de consolação. O crente nunca pode ser admoestado ou corrigido. Nas classes de Escola Bíblica, com facilidade, o tema “O que a Bíblia diz” é substituído por “Eu acho assim, ó”. As pessoas não querem ouvir a voz de Deus e sim que sua voz seja ouvida. Aliás, em muitos cultos, depois de se cantar por uma hora, não há mais tempo para a mensagem do pregador. Mas isto parece não incomodar muita gente. Ouvir Deus, para essas pessoas, não é importante, mas falar de Deus, isto sim, é. É bom porque dá a impressão de espiritualidade, de que algo de muito espiritual foi feito, mas nos protegemos, mantendo Deus à distância. Não deixamos sua voz soar em nosso coração.

Ouvir a voz de Deus é problemático. Ela pode nos desafiar, e queremos comodidade. Ela pode nos pedir mudança, e queremos que ele nos mantenha estáveis. Ela pode nos pedir que abandonemos o pecado, e queremos que ele nos abençoe em nossos pecados.

Queremos a voz de Deus, mas fazendo um dueto com a nossa, sendo a segunda voz. Que nos acompanhe em segundo plano para a nossa brilhar. Assim, muitas vezes vamos para o Egito, somos machucados, perdemos a bênção, e culpamos os outros. E ai dos profetas que nos advertem, dizendo a verdade.

A verdade de Deus nem sempre é agradável. Mas é sempre segura. Ouça a voz de Deus, e não atribua aos seus desejos o status de voz divina. Firme-se na Palavra de Deus. Não é se você gosta ou não do que recebe. Mas deve cumprir. Adapte sua vida ao ensino bíblico e nunca torça a Palavra para acomodar seus sonhos de ir para o Egito. Você pode se dar mal. Por certo que se dará mal.

Fonte: Blog do autor (www.isaltino.com.br)

Imagem: Google

sábado, 27 de março de 2010

Apascentando ovehas ou entretendo bodes ?






Um mal acontece no arraial professo do Senhor, tão flagrante na sua impudência, que até o menos perspicaz dificilmente falharia em notá-lo. Este mal evoluiu numa proporção anormal, mesmo para o erro, no decurso de alguns anos. Ele tem agido como fermento até que a massa toda levede.



O demônio raramente fez algo tão engenhoso, quanto insinuar à Igreja que parte da sua missão é prover entretenimento para o povo, visando alcançá-los. De anunciar em alta voz, como fizeram os puritanos, a Igreja, gradualmente, baixou o tom do seu testemunho e também tolerou e desculpou as leviandades da época. Depois, ela as consentiu em suas fronteiras. Agora, ela as adota sob o pretexto de alcançar as massas.


Meu primeiro argumento é que prover entretenimento ao povo, em nenhum lugar das Escrituras, é mencionado como uma função da Igreja. Se fosse obrigação da Igreja, porque Cristo não falaria dele? "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" (Lc.16:15). Isto é suficientemente claro. Assim também seria, se Ele adicionasse "e provejam divertimento para aqueles que não tem prazer no evangelho". Tais palavras, entretanto, não são encontradas. Nem parecem ocorrer-Lhe.



Em outra passagem encontramos: "E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres"(Ef.4:11). Onde entram os animadores? O Espírito Santo silencia, no que se refere a eles. Os profetas foram perseguidos por agradar as pessoas ou por oporem-se a elas?


Em segundo lugar, prover distração está em direto antagonismo ao ensino e vida de Cristo e seus apóstolos. Qual era a posição da Igreja para com o mundo? "Vós sois o sal da terra" (Mt.5:13), não o doce açúcar – algo que o mundo irá cuspir, não engolir. Curta e pungente foi a expressão: "Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos"(Mt.8:22). Que seriedade impressionante!Cristo poderia ter sido mais popular, se tivesse introduzido mais brilho e elementos agradáveis a sua missão, quando as pessoas O deixaram por causa da natureza inquiridora do seu ensino.

Porém, eu não O escuto dizer: "Corre atrás deste povo Pedro, e diga-lhes que teremos um estilo diferente de culto amanhã; algo curto e atrativo, com uma pregação bem pequena. Teremos uma noite agradável para eles. Diga-lhes que, por certo, gostarão. Seja rápido, Pedro, nós devemos alcançá-los de qualquer jeito!".


Jesus compadeceu-se dos pecadores, lamentou e chorou por eles, mas nunca pretendeu entretê-los.

Em vão as epístolas serão examinadas com o objetivo de achar nelas qualquer traço do evangelho do deleite. A mensagem que elas contêm é: "Saia, afaste-se, mantenha-se afastado!

Eles tinham enorme confiança no evangelho e não empregavam outra arma.

Depois que Pedro e João foram presos por pregar o evangelho, a Igreja reuniu-se em oração, mas não oraram: "Senhor, permite-nos que pelo sábio e judicioso uso da recreação inocente, possamos mostrar a este povo quão felizes nós somos". Dispersados pela perseguição, eles iam por todo mundo pregando o evangelho. Eles "viraram o mundo de cabeça para baixo". Esta é a única diferença! Senhor, limpe a tua Igreja de toda futilidade e entulho que o diabo impôs sobre ela e traze-a de volta aos métodos apostólicos.


Por fim, a missão do entretenimento falha em realizar o objetivo a que se propõe. Ela produz destruição entre os jovens convertidos. Permitam que os negligentes e zombadores, que agradecem a Deus porque a Igreja os recebeu no meio do caminho, falem e testifiquem! Permitam que falem os negligentes e zombadores, que foram alcançados por um evangelho parcial; que falem os cansados e oprimidos que buscaram paz através de um concerto musical. Levante-se e fale o bebado para quem o entretenimento na forma de drama foi um elo no processo de sua conversão! A resposta é óbvia: a missão de promover entretenimento não produz convertidos verdadeiros.


O que os pastores precisam hoje, é crer no conhecimento aliado a espiritualidade sincera; um jorrando do outro, como fruto da raiz. Necessitam de doutrina bíblica, de tal forma entendida e experimentada, que ponham os homens em chamas.




Autor: C.H. Spurgeon


Biblioteca Reformada


ARPAV

http://somente-jesus.blogspot.com/

quarta-feira, 24 de março de 2010

O impostor que vive em mim


Por Douglas Araujo

Essa semana mais que nunca tenho percebido o quão lixo eu sou.


Vejo pessoas ao meu redor precisando de ajuda. Todos os dias passamos por pessoas que precisam de ajuda. Mas nem percebemos. Por que? Porque só olhamos pra nosso próprio umbigo. Mas só posso falar de mim, pois sou a pessoa que mais me conhece, felizmente.



É incrível a capacidade que temos de perder tempo com coisas inúteis. Como conseguimos jogar sempre para frente coisas importantes. As coisas que Deus realmente precisa que façamos. Falo por mim. Eu consigo perder tempo cismando com alguém, me focando no que não devo.

Mas e ai, o que realmente importa na vida?



Essa semana aconteceu algo que me fez ver, que Deus usa aqueles que estão dispostos a ser usados. Não só os cristãos e os pseudo crentes evangélicos que muito falam e pouco fazem, e nesse caldeirão, eu to dentro.

Meu chefe fez algo que nunca imaginei ver na vida. E olha que já vi muita coisa nessa vida. Ele chamou um morador de rua pra trabalhar na empresa.



Quando soube fiquei espantado, como todo mundo lá. As pessoas começaram a dizer que ele era louco de colocar um morador de rua la, que convivia com drogados, bandidos e todo tipo de marginal.



Então fui perguntar ao meu chefe se isso era verdade. Ele confirmou que sim.

Perguntei por que ele decidiu fazer isso.

Ele disse que sempre via aquele garoto de 17 anos, que mora na rua ir todas as manhãs pegar papelão na loja. Esse garoto sempre estava de chinelos, camiseta e shorts, mesmo no frio. Pois é a roupa que ele tem. E via que ele não era um garoto ruim. Um dia sentiu que deveria dar uma chance pra ele. Pois ele só precisa de uma oportunidade.

Chegou pro garoto e perguntou: Você quer trabalhar com a gente? O garoto disse que lógico, me da um emprego, me da um emprego, repetia ele.

Disse pro garoto estar no dia seguinte no administrativo as 8h30 pra uma entrevista. O garoto chegou lá as 6h30 da manhã todo ansioso e ficou esperando. Ele conseguiu uma calça e uma camisa bem velhinha pra ir na entrevista. Era o que de melhor ele tinha, e ele foi como ele é.



Confesso que isso me fez pensar muito no lixo que eu sou.

Enquanto eu e todos que passam por aquele garoto o enxergava apenas como uma mobília da cidade, como apenas um mero catador de papelão que convive com drogados e bandidos, um cara conseguiu ver ali, um homem que apenas precisava de uma oportunidade.



Meu chefe ainda disse que daqui alguns anos quer ver esse garoto casado e com sua casinha.



Quantas pessoas passam por mim todos os dias e só precisam de uma oportunidade? Quantas pessoas precisam de mim? Quantas pessoas eu tenho olhado e enxergado neles: “oportunidades”?



Na verdade, eu só tenho olhado para as pessoas fora do meu circulo de convivência, como mobílias.



Muitas pessoas me dizem que não se sentem usadas por Deus, que não se sentem capazes pra servir a Deus. E outros blá blá blás. Mas diz ai, como você tem olhado para as pessoas? Como mobílias ou como oportunidades?



Certa vez li um livro chamado “O Impostor que Vive em Mim” do Brenann Maning. E hoje mais que nunca vejo que eu não passo de um mero impostor. Alguém que vê as outras pessoas como mobílias. Alguém que sempre arruma desculpa para as cagadas que faz, e se preciso até arranja um versículo bíblico pra se defender. Alguém que não gosta de algumas pessoas e que faz com que elas também não gostem de mim.



Sou um impostor que tem 24h do dia pra fazer trocentas coisas mas que não separa nem meia hora pra falar com Deus.



Alguns meses, completei 28 anos de idade. A alguns tenho tentando ter uma vida Cristã, tenho tentando caminhar em direção ao Pai. Mas vejo que no meio dessa caminhada, tenho desviado meus olhos e pés desta estrada.



Percebi que com o tempo eu tenho engaiolado Deus, e que só vou vê-lo, quando preciso de algo.



Na verdade, todos nós. Sempre temos uma desculpa pra tudo. Lemos a bíblia como um manual de instruções e só recorremos a ela e a Deus, quando temos algum problema. Quando na verdade, deveríamos utilizar o amor que aprendemos em todo tempo, como todo mundo.



Hoje eu vejo que sou um impostor que não esta com os olhos abertos pro que Deus quer que eu veja, e nem com o coração disposto a ser quem Deus quer que eu seja.



“A história atesta que a religião e as pessoas religiosas tendem a ser tacanhas. Em vez de aumentar nossa capacidade para desfrutar a vida, a alegria e o mistério, a religião frequentemente a diminui. A medida que a teologia sistemática progride, o senso de maravilhamento declina. Os paradoxos, as contradições e as ambiguidades da vida são codificados, e o próprio Deus é encaixotado, engaiolado, confinado dentro das páginas de um livro com capa de couro. Em vez de uma história de amor, a Bíblia é vista como um manual de instruções”. (Brenann Maning)



Que Ele nos perdoe. Sempre.



Via Blog do autor

domingo, 7 de março de 2010

Os dentes dos filhos não sentem dor pelo mau uso dos dentes dos pais





“Naqueles dias não dirão mais: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos é que embotaram? Pelo contrário, cada um morrerá por sua própria iniqüidade; os dentes de todo aquele que comer uvas verdes é que se embotarão” – Jeremias 31.19-30 (Almeida Século 21)




Ávidos por novidades, buscando destaque e atenção pelo inusitado, pregadores criaram uma doutrina que o cristianismo, em dois mil anos, nunca suspeitou haver: maldição hereditária. Aliás, o que tem de gente reinventando o evangelho é terrível. Como a competição é grande, as idéias mais esdrúxulas aparecem. Com esta, a pessoa, mesmo convertida, carrega uma maldição proferida por alguém, e precisa de uma reza forte para quebrar a maldição. O sangue de Jesus perdeu o poder, ou só funciona quando manipulado por alguém…



Deus diz que haveria um tempo em que ninguém sofreria a ação dos antepassados. Se os pais chupassem uvas verdes, os dentes dos filhos não embotariam. Os dentes dos pais, sim. Os dos filhos, que não chuparam, não. Quando seria isto? Logo a seguir, após esta declaração, Deus anuncia a nova aliança (Jr 31.31-34), a que faria por meio de Jesus Cristo (Mt 26.28). Na nova aliança, a responsabilidade é pessoal. Pai não transfere culpa, filho não herda culpa.



Deus repetiu isto por Ezequiel: “Que quereis vós dizer, citando na terra de Israel este provérbio: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram? Vivo eu, diz o Senhor Deus, não se vos permite mais usar deste provérbio em Israel. Eis que todas as almas são minhas; como o é a alma do pai, assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá.” (Ez 18.2-4). O título do capítulo 18 de Ezequiel é “A responsabilidade é pessoal”.



Não há salvação hereditária. Não há condenação hereditária. Não há maldição hereditária. Não há bênção hereditária. Cada pessoa responde por si, diante de Deus. E não faz sentido o Cristo de alguns, tão fraco que sua obra não tem poder de cancelar maldições na vida da pessoa. Vemos uma incongruência hoje: um Cristo fraco e demônios fortes. A obra de Cristo é incompleta sem a oração do pastor. É ele quem quebra as maldições.



Quem está em Cristo é nova criatura (2Co 5.17). Seu passado morreu. O seguidor de Jesus não tem passado. O sangue de Jesus o aboliu! Saudades do tempo em que, ao invés de só cantar “Quero te louvar!”, cantávamos hinos com substância, como “O sangue de Jesus me lavou, me lavou…” e “Há poder, sim, força sem igual. Só no sangue de Jesus!”. Cantávamos o poder de Jesus. Quando alguém se converte, o sangue de Jesus o cobre, perdoa e elimina seu passado, dá-lhe nova vida. Pouco importa o poder de Satanás, seus asseclas e a força de suas maldições. O crente tem Jesus! E como diz 1João 4.4: “Filhinhos, vós sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo”. Sou habitação da Trindade e ela é maior que Satanás.



O que meu pai fez, não importa. O que meu avô fez, não importa. Importa o que eu faço. Como uso minha vida e como me porto diante de Deus. E conto com a ajuda do Espírito Santo para saber que chupar uvas verdes faz mal aos meus dentes. Se meus antepassados chuparam, o problema foi deles. Não caiu sobre mim. Se, desafortunadamente, eu as chupar, meus dentes sofrerão. Mas os de meus filhos, não.



O evangelho deixa claro: Cada um de nós responde por si diante de Deus. Cuide dos seus dentes. Não chupe uvas verdes e não culpe os seus pais pelos seus dentes embotados.


Extraído do blog do Pr. Isaltino Gomes

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Cristãos perseguidos. E se fosse você ?



Por Aldo Vieira

Com o que temos nos preocupado nos últimos anos, ou séculos? Temos nos ocupado de tantos ventos de doutrina que tem nos dividido em muitas facções e também com o secularismo que varre o pensamento pós-moderno que não sobra muito tempo para se ocupar de Esmirna, a igreja que sofre perseguição pelo testemunho de JESUS.



Eu o desafio a tomar contato com essa realidade e permanecer neutro quanto a isso. Falamos e falamos que pertencemos ao Corpo de Cristo e muitos sermões foram pregados sobre I Cor. 12, 26 mas os dados nos informam que apenas cerca de 0,03% da igreja brasileira sabe que irmãos pertencentes ao mesmo Corpo sofrem perseguição pela fé em determinadas partes do mundo. Pais de família, quando não são sumariamente executados, são aprisionados por tempo indeterminado em prisões sem condições humanas nenhuma, privando suas famílias do sustento, meninas cristãs são raptadas de seus lares e obrigadas a casar com muçulmanos só para serem depois abandonadas e arruinadas numa sociedade arcaica e preconceituosa. Essa realidade está lá fora. Enquanto nossas prioridades são tornar nossos ministérios os mais visíveis possíveis ao mundo, pessoas como Ahmed tem que se manter escondidos por ter a cabeça a prêmio pelos radicais.

Eu o desafio a conhecer o ministério Portas Abertas e continuar priorizando vaidades que nada valem para levar a Igreja a ser o que ela foi projetada para ser: arma de ataque contra o inferno, pois JESUS disse que as portas do inferno não prevaleceriam contra ela, ou seja, quem deve estar na posição de ataque somos nós, sempre, fomos criados para isso. Como membros do corpo, deveríamos pensar primeiramente em fortalecer a frente de batalha que se encontra em dificuldades e depois nos unir em outra frente. Isso é pensamento estratégico de guerra em alto nível, pois é disso que se trata, da mais alta batalha espiritual que se possa conceber. Faltam estrategistas em nosso meio e pessoas que se deixam consumir pela causa, como um Paulo, por exemplo. Che Guevara, consumido pelas chamas da paixão cega por uma causa perdida, abriu mão de tudo o que possuía e tomou seu lugar como guerreiro onde quer que fosse chamado a ajudar seus “camaradas”. Por uma causa humana perdida e falida. E nós? Porque não vemos tamanha abnegação em nosso meio? É confiança mesmo na vitória de Cristo ou só covardia mesmo?

Irmão André (fundador do Missão Portas Abertas) disse num encontro em Belém com cerca de 400 fundamentalistas islâmicos que eles nunca entenderiam o cristianismo enquanto os cristãos não vivessem a cruz de Cristo. Nada pode ser mais verdade. Os muçulmanos, quando olham para o Ocidente, veem sua marcha para a secularização e para a sensualidade, veem nossos filmes, músicas e danças, impregnados de desvios morais e associam isso tudo ao que se acostumou chamar CRISTANDADE, ou seja, ao conjunto de povos que dizem ter suas culturas e leis derivadas do cristianismo.

Autor: Aldo Vieira do blog Trincheira Espiritual
 
Mapa : Site http://www.portasabertas.org.br/  
Missão Portas Abertas.Servindo cristãos perseguidos.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Paul Washer - Videos










 Original Website: I'll be Honest

Fonte: Voltemos ao Evangelho

A Bíblia não é chata. Avatar é chato !



Por John Piper. © Desiring God. Website: desiringGod.org


Original: The Bible Isn't Boring, Avatar is! - John Piper. Website: I'll be honest

Tradução e Legenda: Voltemos ao Evangelho

Via : Bereianos

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Se isso é igreja, sou mais o meu quarto !





“Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia, e Galiléia e Samaria tinham paz, e eram edificadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e consolação do Espírito Santo.” – At 9.31




“E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.” – Ef 1.22-23



“A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo, e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo; para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor, no qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele. ” – Ef 3.8-12



Já ouvi muitas fábulas em relação à permanência dos crentes numa igreja. Uma delas diz que a igreja é igual à arca de Noé, um lugar cheio de bichos e suas necessidades fisiológicas, e que cheira mal, porém é melhor estar lá dentro do que lá fora em meio ao dilúvio. Outra diz que crente é igual uma abelha: num enxame (ou igreja), vence qualquer inimigo; sozinho, morre num tapa só. Daí a se pensar que a igreja é um organismo super-poderoso, e deve ser mesmo, afinal é nada mais, nada menos que o Corpo de Cristo, Daquele que venceu a morte e o inferno ao levar sobre Si todos as maldições e enfermidades da raça humana. Mas será que a Igreja de Cristo é isso que vemos?



É muito fácil abrir uma igreja. Aluga-se uma garagem e já dá para iniciar uma congregação. Pensa-se num nome pomposo (que tal Igreja Transcontinental da Majestade do Alto? – está muito difícil achar um nome de igreja que não exista), convida-se os vizinhos e amigos e pronto: temos uma Igreja! Se fosse só isso estaria ótimo, o problema é o que é ensinado e vivido por lá.

Já percebeu como sempre há a mesma desculpa para a abertura de uma nova denominação (corrupção da antiga, envolvimento com maçonaria, erros doutrinários, etc), porém na nova se repetem os mesmos, ou até piores, erros da anterior? Ou seja, não há a intenção real de se fazer uma Igreja segundo a Palavra, apenas a de se criar mais um papado.



Sim, papado. A Igreja evangélica brasileira é próspera em papas. Há o Bento XVI e há o papa de cada denominação. Cada fundador se torna um papa, infalível e insubstituível. A permanência no poder é eterna, e os estatutos asseguram que a igreja não sairá de suas rédeas curtas. Quem ousa se levantar contra o “papa” é logo taxado como em rebelião, e expulso ou convencido sutilmente a deixar a denominação. E assim uma nova igreja é criada, e o círculo se repete indefinidamente, causando estranheza principalmente em quem não é cristão, pela quantidade absurda de placas diferentes.



Fico imaginando se Lutero vivesse nos dias de hoje… em seu tempo, precisou se opor a apenas um papa. Hoje, teria que imprimir milhares de teses, uma para cada papa evangélico. Um Lutero só não conseguiria fazer isso não!



O absurdo das várias denominações é tão escancarado que basta andar pelas ruas das cidades para o verificar. Aqui em São Paulo, na Av. Águia de Haia (zona leste da capital), há 6 anos atrás havia três denominações na mesma quadra. O pior: três casas (ou templos) grudados, um depois do outro, porta com porta. Sinceramente, a intenção nesse lugar é evangelizar ou apenas demonstrar o poder da sua denominação que, claro, precisa gritar mais do que as outras vizinhas caso os cultos sejam no mesmo horário? E isso não acontece só nessa rua, acontece em todos os lugares: se as igrejas não são vizinhas de porta, são de quadra, de rua. Mas o lugar permanece ruim e violento do mesmo jeito.



Nós somos chamados para ser sal e luz. Como sal e luz mantém um lugar insosso e escuro? Como, em meio a tantas igrejas, ainda há pessoas morando nas ruas, pessoas se drogando, se prostituindo, roubando e matando? Pessoas mentindo, enganando, chantageando, manipulando? Por que, com tantas igrejas, o Brasil está a cada dia pior? Não deveria ocorrer o contrário?



O que vou dizer agora poderá escandalizar muita gente, mas é o que penso: muitas que se dizem igrejas não o são, espiritualmente falando, não passando de um “clubinho de eleitos”. Você chega, entra no clube, paga a mensalidade, ouve as assembléias, se diverte (canta, dança, ri, chora, extravasa) e vai embora mais feliz, entretido momentaneamente. Aí chega em casa, a criança continua gritando, o marido bebendo, a vizinha atrapalhando, o chefe atormentando; afinal a instituição que se autodenomina igreja, apesar de citar a Deus, não Lhe dá espaço para atuação, preferindo a manifestação de espíritos dançarinos, saltadores, giratórios, que promovam bastante carnaval no recinto. Assim, enganados muitas vezes por “fogo estranho”, não deixamos o Espírito Santo agir em nós, nos transformando, e por isso continuamos vendo todos os defeitos nos outros e na droga de vida que temos.



Note bem, sou pentecostal, acredito nos dons espirituais, mas atribui-se ao Espírito Santo algumas coisas nas igrejas que só por Deus!!!



Se a igreja não consegue transformar quem está dentro, imagine transformar a realidade ao seu redor… E se a igreja não transforma vidas, apenas as “transtorna”, já não é igreja, não é congregação, comunhão, é apenas distração e sacrifício para almejar as bênçãos divinas.



É estranho, mas quanto mais aprendemos a Verdade da Palavra, mais distantes nos tornamos de uma igreja. Não deveria ser o contrário? Não deveríamos nos lançar com maior amor à congregação, sabendo que lá estaremos proclamando o amor ao próximo e a Deus?



O problema é que a igreja não nos transmite amor. Tudo é aparência. Os pastores não têm amor pelas ovelhas, e sim por tosquia-las. As ovelhas, por sua vez, querem estar mais próximas de seus pastores, e para isso não medem esforços, mesmo que seja necessário pisotear outras ovelhas que estejam em seu caminho. É cada um por si e Deus por todos. A igreja se tornou o reino do diz-que-me-diz, onde uns apontam os erros dos outros e todos se acham santos. Só que os erros são apontados não com amor, mas com juízo. Adulterar ou engravidar antes do casamento? Aparte-se de mim!!! Mas mentir e roubar um pouquinho poooooooode!



Mas não pára por aqui. É cada dia mais difícil ouvir uma pregação até o fim. São palavras previsíveis, de exaltação (quase nunca exortação), bom ânimo, esperança, revelações e revelamentos que nunca se realizam (essa noite Deus está curando suas feridas! – as feridas não são curadas, e no culto seguinte: essa noite Deus está completando a obra em sua vida! – e a obra não é completa, aí no culto seguinte a mesma coisa sempre). Não ouvimos pastores, ouvimos doutores em auto-ajuda: todas as bênçãos nos pertencem, somos cabeça e não cauda, o diabo está debaixo dos nossos pés, mas no dia seguinte ainda temos dívidas, problemas, doenças, vazio.

Será que Deus deixou de agir? Ou a instituição que se diz “igreja” é que fala por Ele com engano, a fim, mesmo que inconscientemente, de desacredita-Lo?



Não consigo mais ouvir sermões de auto-ajuda e falsas promessas. Não consigo mais sentar num banco de uma igreja, sabendo que a principal hora não é a da pregação, mas a da coleta. Não aguento mais uma hora de louvor, com bandas desafinadas e cantores “se achando”, provocando o choro fácil não por unção, mas porque, na assembléia dos santos, todos temos motivos para chorar. Simplesmente não aguento mais isso, e peço perdão a Deus se isso O desagrada, mas não quero ir numa igreja por falsidade e ficar vendo defeito em tudo, como foi das últimas vezes.



Eu queria frequentar A Igreja. Não a imagino um mega-templo, com poltronas acolchoadas, ar-condicionado, altar gigante. Eu a imagino uma casa simples, com pessoas simples independente de sua situação financeira. Eu a imagino um lugar onde a acolhida é com amor sincero, não com um risinho forçado e o “seja-bem-vinda-amada” de praxe. Eu a imagino com pessoas que contribuem voluntariamente e com alegria, e que se importam com o irmão ao lado, suprindo-o de acordo com suas necessidades. Sinceramente não consigo frequentar um local onde, em nome de Deus, são lançados gafanhotos devoradores sobre quem não paga a mensalidade. A Igreja que eu quero frequentar tem problemas, pois tem pessoas com problemas, mas lá é possível discordar, perguntar, até duvidar, sabendo que ninguém levará nada para o pessoal, continuando a haver amor apesar das diferenças. A Igreja que eu quero frequentar é uma em Deus, reflete Sua Graça e Misericórdia, Sua Alegria e Beleza, mesmo que, aos olhos humanos, possa não passar de um casebre. Na Igreja que eu quero frequentar mal dá para definir seus líderes, pois o maior se faz de menor, o serve e não busca ser servido. A Igreja que eu quero frequentar traz os ensinamentos de Deus, segue a sã doutrina, não as doutrinas temporárias de homens. A Igreja que eu quero frequentar transforma não só os que lá estão, mas toda a realidade à sua volta, pois se importa com os famintos, os drogados, os excluídos de toda a sorte.



Você conhece essa Igreja? Se conhecer, por favor, me passe com urgência seu endereço ou telefone. Se não a conhecer, infelizmente continuarei a congregar no meu quarto, pois não vou esquentar um banco qualquer apenas para aparentar santidade.
 
 

sábado, 23 de janeiro de 2010

A PERPLEXIDADE HUMANA E A SOBERANIA DIVINA





Por Rev. Hernandes Dias Lopes
Referência: Habacuque 1.1-17


O século XIX foi marcado pelo conflito entre a fé a ciência. No século XX, sobretudo, depois da segunda guerra mundial o conflito passou a ser não entre fé e ciência, mas entre fé e a história.



O livro de Habacuque revela essa terrível tensão do profeta de conciliar sua fé na soberania de Deus e a invasão imperialista da Babilônia invandindo o seu país e esmagando o seu povo com crueldade.



Judá estava vivendo em profunda apostasia. As reformas do tempo do rei Josias em 621 a.C. foram superficiais. O povo estava vivendo na idolatria, na frouxidão moral e violência insuportável. Deus então, disciplina o seu povo através da vara dos caldeus, um povo perverso, sanguinário e expansionista.



1. O império Assírio chegava ao apogeu do seu poderio militar, esmagando com crueldade desumana todas as nações do oriente. Em 612 a.C., esse império aparentemente invencível foi esmagado pelo temível exército caldeu, oriundo da Bibilônia, que logo assumiu a posição de superpotência mundial. Outra superpotência, o Egito, sentiu-se ameaçada, e em 605 a.C., enviou um poderoso exército ao norte, para refrear o programa expansionista caldeu.



2. O pequeno reino de Judá, país satélite na órbita do Egito, viu com satisfação as unidades blindadas egípcias atravessarem a sua terra santa, para se lançarem contra as famigeradas divisões dos caldeus. Judá virou presunto de sanduiche entre as duas superpotências.



3. O magnífico exército egípcio, sob o comando do Faraó Neco, atravessou o deserto do Sinai e chegou a Carquemis na Síria, onde enfrentou as forças babilônicas. Numa batalha decisiva em 605 a.C., os egípcios foram derrotados e recuaram para a sua terra. Os vencedores babilônicos não perderam tempo em seguir os egípcios, ocupando toda a região de Judá. A cidade de Jurusalém foi cercada. O ataque devastador era iminente. Os caldeus eram impiedosos em seus ataques a outras nações (1:5,10,13; 2:5,6). Nesse clima de invasão, de ataque sangrento é que o profeta escreve o seu livro e expoe sua perplexidade.



4. O profeta olha ao redor e vê os exércitos da Babilônia cercando sua terra. Ele olha para o povo e vê o pecado destruíndo o povo. O profeta clama a Deus com perplexidade diante da aparente inação de Deus. O Senhor, então, mostra ao profeta que ele mesmo está trazendo os caldeus para serem a vara da sua ira contra o seu povo. O profeta coloca diante de Deus sua queixa e Deus vai mostrar para ele que ele é soberano e que nada escapa ao seu controle e ao propósito soberano.



I. OS CAMINHOS DE DEUS ÀS VEZES SÃO MISTERIOSOS



1. Sua inação – v. 2-4

• Muitas vezes parace que Deus está estranhamente silencioso e inativo em circunstâncias provocativas. Por que Deus permite que certas coisas aconteçam? Por que Deus permitiu duas sangrentas guerras mundiais com o sacrifícios de milhões de pessoas inocentes? Por que Deus permitiu o surgimento do regime comunista em 1917 que levou o maior número de mártires do Cristianismo da história? Por que Deus permite uma guerra sangrenta entre judeus e palestinos? Por que Deus permite as forças aliadas invadirem com tanta truculência o Iraque arrazando um país já combalido pelos embargos internacionais, a despeito da opinião pública mundial estar contra essa invasão?

• Por que Deus permitiu o surgimento do liberalismo teológico? Por que Deus permite a apostasia da igreja? A Secularização da igreja? A banalização do sagrado? Por que Deus não responde as nossas orações, trazendo logo um avivamento para a igreja?

• Por que Deus não faz cessar a guerra (v. 2)? Por que Deus permite a inversão de valores morais (v. 4)?



2. Suas providências inesperadas – v. 5-6

• Deus às vezes dá respostas inesperadas às nossas orações. Deus disse que ele mesmo estava trazendo os caldeus contra Judá. Isso deixou o profeta Habacuque perplexo. Por um longo tempo Deus parace não responder. Então, quando responde, o que diz é mais misterioso do seu que o seu silêncio. Deus diz para Habaque que estava respondendo a sua oração trazendo os caldeus para disciplinarem o seu povo.

• Às vezes nós mesmos prescrevemos a maneira como nossas orações devem ser respondidas. Mas Deus é soberano e livre. Deus às vezes deixa as coisas ficarem piores antes delas melhorarem. Jesus deixou Lázaro morrer antes de ir a Betânia. Jesus deixou seus discípulos no meio da tempestade até alta madrugada antes de ir socorrê-los.



3. Seus instrumentos incomuns – v. 6

• O terceiro aspecto surpreeendente dos caminhos de Deus é que ele às vezes usa instrumentos estranhos para corrigir a sua igreja e o seu povo. Não é Satanás, mas Deus quem suscita os caldeus para castigar Israel. Os caldeus são a vara da ira de Deus contra o seu povo rebelde. Quando o povo de Deus deixa de ouvir a voz de Deus, de atender os seus profetas, Deus levanta os ímpios para disciplinar o seu próprio povo.

• Longe de ignorar a maldade opressora dos caldeus, Deus mesmo descreve os caldeus como uma nação terrível, violenta, opressora (v. 6-7).

• Se não nos voltarmos para Deus e nos arrependermos e não acertarmos nossa vida com Deus, o Senhor pode usar instrumentos estranhos para nos disciplinar.



II. OS CAMINHOS DE DEUS ÀS VEZES SÃO MAL INTERPRETADOS



1. Por pessoas religiosas descuidadas – v. 5

• A atitude do povo era: “Vejam o que esse profeta anda dizendo: que Deus vai usar os caldeus. Como se Deus pudesse fazer tal coisa! Não há perigo; não lhe dêem ouvidos. Os profetas são sempre alarmistas, e nos ameaçam com o mal. Que idéia é essa de que Deus há de suscitar um povo como os caldeus para castigar a Israel! Isso é impossível!”

• Foi assim também na época do Dilúvio. A geração de Noé não acreditou nas advertências de Noé. Eles consideravam sua pregação absurda. Eles zombaram dele. Deu-se o mesmo em Sodoma e Gomorra. As pessoas despreocupadas não poderiam crer que as suas cidades seriam destruídas. Jerusalém não creu quando Jesus alertou sobre o cerco de Tito Vespasiano em 70 d.C. e a cidade foi destruída. Hoje as pessoas não crêem na segunda vinda, não crêem na juízo final e por isso andam descuidadas!



2. Pelo Mundo – v. 11

• Os caldeus falharam completamente em compreender que eles eram apenas instrumentos nas mãos de Deus. Eles pensavam que o poder que possuíam era o seu próprio deus.

• As arrogantes potências mundiais que Deus tem usado para os seus próprios desígnios em várias épocas da história, sempre se orgulharam de suas realizações. Essas superpotências se acham onipotentes e adoram o seu próprio poder. O verdadeiro significado da história nunca lhes passsa pela cabeça.



III. OS CAMINHOS DE DEUS PRECISAM SER BIBLICAMENTE INTERPRETADOS



1. A história está sob controle divino – v. 6

• Deus controla não somente a Israel, mas também seus próprios inimigos, os caldeus. Toda nação da terra está sob a mão divina, porque não há poder neste mundo que, em última instância, não seja por Deus controlada. Não foi a força dos caldeus que lhes deu vitória. Foi Deus quem os suscitou. Deus é o Senhor da história. As nações para ele são como um pingo que cai de um balde, os povos como gafanhotos. Deus está acima de tudo. Ele está com as rédeas da história nas mãos.



2. A história segue um plano divino – v. 6

• O plano de Deus não pode ser frustrado. Israel não será destruído. O povo de Deus jamais será destruído. Os inimigos do povo de Deus podem ser usados por Deus para castigar o seu povo, mas eles sofreram a justa ira de Deus por não reconhecerem a mão de Deus sobre eles (2:5).



IV. OS CAMINHOS DE DEUS PRECISAM RESOLVER AS NOSSAS PERPLEXIDADES



1. O deus deste mundo é o poder passageiro, mas o nosso Deus é eterno – v. 11, 12

• O deus dos caldeus era o poder (v. 11). Esse poder era passageiro. O deus deles fora criado por eles mesmos. Mas o nosso Deus é eterno. Os problemas da história não podem abalá-lo nem destruído. É ele quem governa a história. A história não caminha para o caos, mas para um fim glorioso. O Deus a quem adoramos está fora do fluxo da história. Ele precedeu a história. Ele criou a história. Seu trono está acima do mundo e fora do tempo. Ele, o Deus eterno, reina na eternidade.



2. O deus deste mundo é criado, mas o nosso Deus é auto-existente – v. 12

• A palavra “Senhor” Jeová signifca EU SOU O QUE SOU. Deus diz: eu sou absoluto, auto-existente. Deus não depende, em nenhum sentido, de nada que acontece no mundo, mas existe em si mesmo.



3. O deus deste mundo mancomuna-se com o mal, mas o nosso Deus é santo – v. 13

• Deus é santo, é puro, é luz, é justo. Ele não comete injustiça. Seu trono é trono de justiça. Ele nã pode ver o mal sem odiá-lo. Todo o mal que existe no universo é totalmente repugnante para Deus por causa da sua pureza. Deus e o mal são oponentes irreconciliáveis. O mal será aniquilado. A truculência será destruída. Os ímpios serão sentenciados. O povo de Deus será resgatado (2:4).



CONCLUSÃO



Quando as nossas perplexidades superam o nosso entendimento, precisamos entregar a nossa causa nas mãos de Deus – (1.12-17). O drama de Habacuque era ver o sofrimento do justo imposto pela truculência dos maus. O drama de Habaque era ver como Deus usava um instrumento tão perverso para disciplinar o seu povo (v. 12b). O drama de Habaque é ver o sofrimento do povo de Deus nas mãos dos ímpios. Habacuque não se queixa contra Deus, mas a Deus (v. 2-4).



Em vez de se escandalizar, entregar-se à revolta, à amargura e fugir de Deus, Habacuque corre para Deus e refugia-se nele e busca nele resposta às suas queixas, às suas perguntas?



Nesse capítulo 1 o apóstolo não recebe resposta alguma à sua queixa, à sua oração. Ele só vai encontrar uma reposta à sua queixa quando ele sobe à torre de vigia e Deus lhe mostra o propósito glorioso na vida do seu povo e o julgamento inexorável dos ímpios (2:4).





Fonte : Site do Rev. Hernandes Dias Lopes